• 07 agosto

    Mosquito transgênico pode se juntar à luta contra zika na Flórida

    Mosquitos geneticamente modificados podem ser usados na batalha contra o vírus da zika na Flórida, caso os órgãos regulatórios os aprovem. Uma decisão sobre o assunto deve ser anunciado em breve, segundo a empresa Oxitec, que desenvolve os insetos.

    Os mosquitos trangênicos, que são submetidos a uma alteração genética para que seus descendentes morram antes de procriarem, estão sob a análise da Food and Drug Administration (FDA), órgão equivalente à Anvisa nos Estados Unidos.

    A Oxitec quer conduzir uma pesquisa na região de Florida Keys para avaliar a efetividade dos mosquitos em reduzir a população de Aedes aegypti, que transmite doenças como zika, dengue, chikungunya e febre amarela.

    Testes já realizados em outros países, inclusive no Brasil, mostram que eles podem reduzir a população de mosquitos em até 90%. Atualmente, um teste está em andamento na região central de Piracicaba (SP).

    Além da aprovação do FDA, o conselho distrital da Flórida se comprometeu a pedir a aprovação dos moradores antes de seguir adiante com o projeto. Alguns moradores da Flórida assinaram uma petição expressando preocupação sobre a soltura de mosquitos geneticamente modificados, dizendo que eles podem ter efeitos desconhecidos e imprevistos ao ecossistema.

    O chefe de operações da Oxitec, Andrew McKemey, disse a jornalistas em Londres nesta quarta-feira (3) que sua empresa foi convidada pelo Distrito de Controle de Mosquitos de Florida Keys para propor um estudo piloto da nova tecnologia.

    "Esperamos uma decisão (do FDA) a qualquer momento agora", disse McKemey. "Já construímos um laboratório lá (na Flórida) - uma unidade de produção em massa - então (com aprovação) podemos começar imediatamente."

    Autoridades de saúde da Flórida já confirmaram 15 casos de zika transmitido localmente por mosquitos no estado americano.

    Voltar